segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Uma Casa Espírita, Sem Espíritas.

Desde de que fomos surpreendidos por uma pandemia mundial do Novo Corona Vírus, o SARS-COV 19, vivemos mundialmente um processo intenso de mudanças, em todo o mundo e nos mais diversos segmentos.

O movimento espírita, claro, não ficou de fora, sendo chamado como sempre fora para contribuir com sua parte, quer divulgando aos quatro cantos a necessidade de que cada ser humano cuide-se, quer adaptando-se rapidamente para continuar atendendo, como sempre fez, aos irmãos que o buscam, sob os mais diversos pretextos, com corpos e almas doloridos, quando não dilacerados, face as mudanças abruptas a que foram expostos neste momento único da humanidade.

A primeira e mais inteligente ação foi a de seguir as recomendações sociais, quando não as do bom senso, suspendendo toda e qualquer atividade que tivesse aglomeração. Entenda-se por aglomeração a simples reunião de duas ou mais pessoas que não são do mesmo círculo familiar.

Assim fizeram casas espíritas pelo Brasil, assim fizeram nossas instituições goianas, assim fez o Obreiros do Caminho, do qual faço parte.

Neste período, de março de 2020 até agora, a pandemia tomou uma proporção impensável, muitos irmãos nossos retornaram ao mundo espiritual por suas consequências, muitos passaram e estão passando ainda por seus efeitos nocivos e, graças ao bom Deus, outros tantos de nós ficamos “por aqui” prontos a continuar trabalhando na Seara do Cristo.

Neste mesmo tempo estive eu à frente de um hospital, na momentânea condição de diretor e posso afirmar que, não fossem as Vacinas, objeto do homem e da ciência, à serviço de Deus, Pai Maior, as mortes seriam muitas vezes maiores. Um viva a ciência e ao SUS.

Graças a Deus, a fase mais intensa passou. Estamos agora vivendo o momento de uma variante, a ômicron, mas sob relativo controle.

Então resta a nossas casas espíritas, as que ainda estão em uma longa quarentena, REABRIREM SUAS PORTAS para continuar o processo de SOCORRER ALMAS que, exatamente por este longo momento, ficaram ainda mais sofridas.

É a hora da Casa Espírita socorrer os espíritas, os não espíritas, os irmãos e irmãs de toda sorte que estão clamando por socorro.

Com um protocolo já amplamente divulgado, tais como distanciamento das cadeiras e/ou das posições de assentarem-se no salão; álcool em gel; máscaras durante toda reunião; aferição de temperaturas; passe coletivo e a distância; não compartilhamento de água (cada um leve sua “garrafinha” – e a mantenha contigo para a energização); e, sem contato pessoal no cumprimentar, no passe ou no tratamento, acredito que devamos abrir nossas casas para reuniões PRESENCIAIS, atividades mediúnicas; atividades sociais (cestas, sopas, etc).

A casa espírita precisa abrir-se para o espírita novamente. E urgente!

Não é mais possível acreditar que poderemos socorrer almas com as nossas válidas, porém já cansativas, reuniões on line. Mesmo porque, como preceitua em o Livro dos Médiuns, reun-iões mediúnicas se faz na casa espírita. Fazê-la em casa, por coordenação remota, é e será sempre um risco.

Então irmãs e irmãos, sem a audácia de falar em nome de uma ou outra casa – nem mesmo da que sou trabalhador, mas apenas externando minha pessoal opinião, fica aqui o CONVITE para que possamos retomar nossas atividades espíritas, em nossas casas, com nossos confrades. E já!

Estamos sendo chamados ao trabalho, bem sabemos sermos os trabalhadores da hora última, da undécima hora na verdade. Então, mãos à charrua que o arado está por ser feito.

Vamos ao trabalho! 

Portas abertas, sorriso no rosto e Fé em Deus, nada estará, nada esteve, nada está fora de seu controle maior.


Paulo de Tarso F Castro

(62) 98408-7369